Jornal A Tribuna - quarta | 29/06/2011 22:44:00
Textos: Talise Freitas Fotos: Nilton Alves
Projeto Mãos que Criam ganha
novo espaço.
novo espaço.
O projeto é pioneiro a nível estadual e oportuniza por meio de oficinas de patchwork a busca da ressocialização, autoestima, chance de mudança e uma nova oportunidade de trabalho.
Na noite dessa quarta-feira, foi inaugurado o primeiro ateliê, com sede própria, do Projeto Mãos que Criam, das reeducandas do Presídio Santa Augusta. O espaço colorido e repleto de materiais artesanais criativos fica na Rua Aureliano Dias, no Bairro São Cristovão, em Criciúma.
O primeiro espaço foi criado na própria unidade prisional, seguido de uma sala no supermercado Giassi, do Bairro Santa Bárbara e no Criciúma Shopping.
Para a detenta do regime semiaberto, M.V.M., 22 anos, que há dois responde pelo crime de tráfico de drogas, o projeto é mais que uma oportunidade de crescer na vida. “Aprendi a fazer coisas que não sabia que era capaz. Todo mundo se ajuda e cada trabalho tem um pouquinho de cada uma de nós. Já estou trabalhando aqui e pretendo seguir no artesanato. Cada vez mais dá vontade de aprender”, revela. Quem concorda é a reeducanda, C.B., 34 anos, que também cumpre pena por tráfico. “Aprendemos muito e nos sentimos com valor’, diz.
Evolução que satisfaz
Segundo o gerente da unidade, Jovino Zanelato, os profissionais engajados no projeto se sentem satisfeitos.
“É um orgulho acompanhar a evolução das detentas e ver que elas estão se inserindo no mercado de trabalho, voltando a ter dignidade”, conta.
São 25 reclusas do regime semiaberto e sete do regime aberto. Desde julho de 2008, quando o projeto foi criado, 32 mulheres foram capacitadas.
Para a executora da ação, Edileni Colonetti, o Mãos que Criam, não é apenas o artesanato.
“É uma tratamento por meio de arte. Escutando, valorizando, e mostrando que é possível, a ressocialização”, conclui. O Projeto tem parceria com a Justiça Federal e a Unesc.
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